O Preço da Traição
Eduardo
Presente no(s) disco(s) A Fantástica Fábrica de Cadáver (2014).
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Letra da música O Preço da Traição
[Verso 1]
Confesso, tô feliz igual em dia das crianças
Por dez mil o civil vendeu o paradeiro de um pilantra
Antigo parceiro de corre e arsenal
Que virou testemunha de acusação no meu processo criminal
Em vez de no prédio do Deic ser homem até o final
Preferiu trocar a honra por um perdão judicial
Num BO por uma fração de segundos vacilou
E foi filmado pela câmera do elevador
Imagem na Record e Band toda a tarde
Gerou detenção em tempo recorde pelo Depatri
Sujou porque o apê era de um juiz poderoso
Que exigiu seis presos e três na boca de lobo
Por ironia o gravata, que eu paguei por traidor
Me alertou: “some que o fulano te caguetou”
Cuzão não ligou que a polícia podia catar um familiar
Torturar, fazer me ligar pra eu me entregar
Nunca vou esquecer minha casa no noticiário
Meus eletrônicos na baixa, gambé guiando meu carro
Nem eu, com a mulher e filho mendigando os reais
Pra esperar a poeira baixar num parente em Goiás
Jurei que sua rede solidária de proteção
Ia virar massacre da serra elétrica nova versão
Ser enterrado num local ermo sem direito a caixão
É o preço que um Sammy Touro Gravano paga pela traição
[Refrão]
Vingança é um prato que se come com 12 de repetição
Vai pagar com a vida a fatura da traição
Vingança é um prato que se come com 12 de repetição
Vai pagar com a vida a fatura da traição
Vingança é um prato que se come com 12 de repetição
Vai pagar com a vida a fatura da traição
Vingança é um prato que se come com 12 de repetição
Vai pagar com a vida a fatura da traição
[Verso 2]
O que o Depol chama de inteligência é informante
É ele que dá o vídeo da festa dos traficantes
Faz o retrato falado do adestrador de ave
Que ensina pombo pousar com celular na carceragem
É hora de tirar da rua um pouco desse excremento
Pego a estrada já imaginando seu descarnamento
Estilo Hannibal ia ser de foder
Tirar os pedaços do cérebro e dar pra ele comer
Na rua os manos entenderam a situação
O inseto tem que subir e eu tenho permissão
Ingrato do caralho na sua primeira passagem
Foi eu que bolei, comandei seu resgate
Colamos de viatura clonada com o nome do detento
Abraçaram que ia pro DP dar depoimento
Demorou, mas achei o sobrado
Fiquei no carro e dei o bote quando voltou do trabalho
Estático, só conseguiu fazer um pedido:
“Área rural pro corpo não ser visto pelo filho”
Sabe que merece viajem só de ida no porta-malas
Por ter quebrado a Omertà da nossa máfia
Regra principal: interrogatório de polícia
“Não sei o nome de ninguém só conheço de vista”
Ser enterrado num local ermo sem direito a caixão
É o preço que um Marco Júnio Brutus paga pela traição
[Refrão]
Vingança é um prato que se come com 12 de repetição
Vai pagar com a vida a fatura da traição
Vingança é um prato que se come com 12 de repetição
Vai pagar com a vida a fatura da traição
Vingança é um prato que se come com 12 de repetição
Vai pagar com a vida a fatura da traição
Vingança é um prato que se come com 12 de repetição
Vai pagar com a vida a fatura da traição
[Verso 3]
Em Jeremias 17 a Bíblia prevenia:
Maldito homem que em outro homem confia
Esqueci que o macaco ri, antes de atacar
Que o crocodilo chora quando começa a dilacerar
Por benefício e redução de prisão
Já vi recluso ajudar a polícia, mandar parceiro pro caixão
Arquitetar falso plano de assalto
No choque a Rota metralha ônibus no pedágio
Na rua tem uma pá que se diz seu truta
Te abraça com uma escuta, embaixo da blusa
Aperta sua mão, jura sincera amizade
Fechada até a alma com a porra do grade
Entendi a “Canção da América”, fugindo num busão
Quem tiver amigo que o guarde a sete chaves no coração
Mano é o cachorro que mostra amor eterno
Morando com o dono falecido no cemitério
Chegamos, desce, cava sua própria cova
Engole o choro e diz “cadê a equipe que te protege agora?”
Roubaram o especial da lei 9.807
Não impediu o chumbo redesenhando sua pele
Língua arrancada e fim dos batimentos cardíacos
Foi o prêmio pelo serviço prestado ao inimigo
Ser enterrado num local ermo sem direito a caixão
É o preço que um Tommaso Buscetta paga pela traição