Sintonia da Insônia
Manifesto
Presente no(s) disco(s) Fé No Bem (2005) Ainda é Tempo (2003).
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Letra da música Sintonia da Insônia
[João]
Acordei às nove e meia da noite, o som ligado
Alto reverso e rolava, new solo
Longa e estranha caminhada,
Noventa e sete marcou
Mas o tempo não para,
Eu tô aqui correndo atrás do prejuízo
Mas lembra, esqueço como foi o dia
Tempo perdido,
Se eu aprendesse sempre quando errar, seria um sábio
Mas diz aí, colado difícil aprendizado
Seja o que for, ainda resistirão os sonhos
E sei, é por eles que eu vivo
Que me proponho a pagar o pato
Se pá, até ser tirado
Por querer ser mais que maluco nesse mundo de pirado
Acho que é assim a vida, o que eu tenho, você quer
E o que você não dá valor, eu boto mó fé
Eu sigo a minha, você segue a sua
Poucas vezes tendo a mão, não parece loucura
Egoísmo que estimula a agonia
Lei da selva, da terra, nossa maior mania
É julgar, julgar
Instinto de defesa, eu não sou diferente
Trapaceio com frieza, mas não custava nada
Aquela porta se abrir
Uma luz surgindo, e dela você sair
Pra nós deixar o que de ruim ficou pra trás
Viver um mundo dos sonhos, de amor e paz
Não quero só uma fêmea, eu quero uma companheira
Que erre igual eu também, que me entenda
Quero viver pro futuro, no mundo mais sincero
Hoje tem sol, a praia deve tá lotada, véi
[Refrão instrumental]
[João]
Aprender a perder, a lição entender o passado
Observar, valorizar, é central,
Mas compreender o que eu errei e não erro mais,
E o que eu tô equivocado, igual há tempos atrás,
Queria paz, mas não faz, muito tempo que eu briguei,
Queria a garota, mas quantas vezes esculachei,
O que eu faço hoje, Amanhã recebo,
Aí, fulano, por isso quanto é mesmo que eu te devo
Ó, deixar nas mãos do senhor (do senhor)
Faça o bem, que um dia vem o teu valor
Mas somos pacientes, muito impacientes
Pedimos de noite, esperando junto com o sol nascente
Corra atrás da sua meta, acelera na reta
Mas cuida nas curvas, pois a vida ainda assim é bela
E sabe o que faz dela, mais charmosa ainda
A queda no poço, sem fundo, vista depois lá de cima
A sina do mano é errar, por que será?
O que temos mais, o que aprender ou o que ensinar?
Meu pai me disse que aprendeu comigo
Fiquei feliz, me enchi de orgulho naquele domingo
Mas na hora não entendi que era uma lição
50 anos de idade, soube aceitar outra opinião
De como se ver essa vida, a tal humildade
Foi ele que me ensinou na verdade
[Refrão Instrumental]
[Tiago]
É, irmão, esse mundo é doido mesmo
Vejo a vida passar, sinto que eu tô perdendo tempo
Mas de que, pra que, o que será certo?
Essas perguntas martelam, deixa o medo bem perto
Insegurança no orgulho, ferido, meio esquecido
Quem vai ficar contra, quem tá junto comigo?
O que aprendi, será que valeu mesmo a pena?
Falta pouco pra decepção entrar em cena
E apagar o resto que ainda sobra de alegria
Aflorando o sentimento que há tempos não sentia
Quantas noites passei em claro refletindo
E pra mim mesmo, falando a verdade ou mentindo
É complicado esperar a perfeição de quem é falho,
Quero fazer o certo, no fim me atrapalho,
O perdão divino é algo indispensável,
E se tiver isso aí, ser feliz é bem provável,
Inevitável é não pensar
No amanhã, no ontem, no que passou, no que virá,
Na lágrima ou no rosto pintado por um sorriso
Na inspiração repentina do improviso,
Objetivo comum de amar e ser amado
Parece pouco, mas não é nesse mundo todo errado
Que horas são? Preciso dormir
Essa insônia ainda acaba comigo, mas e aí? (mas e aí?)
[Refrão Instrumental]