A Morte é o Limite
Visão de Rua
- Participação de FugitivoSuspeito
- Produzida por O.D.
Presente no(s) disco(s) Herança do Vício (1998).
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Letra da música A Morte é o Limite
[Fugitivo]
É minha vez, estou chegando na moral
Sou Fugitivo, cara louco, Efeito Moral
Com os calibres entorpetado, malandro, sou dose letal
A minha mente é meu guia e não fico de conversinha
Pra não ser mais um cadáver com miolo explodido
Na madrugada, que lá na minha quebrada
Perdi vários camaradas, que Deus o tenha
Por tretas pequenas de piolho, safado
Subiu o maluco que não devia nada
E o que eu falo é real e não conversa fiada
O rap escorre aqui, se quiser me ouvir, chega aí
Vejo bueiros lavados de sangue
Periferia, pelo amor, não vamo se matar
Suas coroas com os olhos escorrendo lágrimas, é foda
Tá embaçado
Morte ao limite, tiroteios, balas perdidas
Roleta russa, jogando no coco
Se não matou, deixou louco
Fiquei de cara com essas fitas, que já se foram
E já vieram outras
Um toque de sangue, que já viveu várias e várias
Torturas nervosas e a preta e branca na bota
Eu de pinote, acelerado,
Com meu calibre descarregado
Uma na agulha e quinze no pente
Mais uma morte, um caixão, repleto de flores
Foi treta pesada com bandido da quebrada
Itinerário do buzão, quinhentos e um
Eu fico cabuloso, minha revolta sai a pino
Espaço a bala, sai da reta, malandro
Vou me jogar, Efeito Moral, Fugitivo, então
Se liga no refrão
[Refrão]
Roleta russa, jogando no coco
Se não matou, deixou louco
Fiquei de cara com essas fitas, que já se foram
Roleta russa, jogando no coco
Se não matou, deixou louco
Fiquei de cara com essas fitas, que já se foram
Roleta russa, jogando no coco
Se não matou, deixou louco
Fiquei de cara com essas fitas, que já se foram
E já vieram outras (E já vieram outras)
Tiroteios, balas perdidas (balas perdidas)
[Suspeito]
Só desespero, mãe chorando, uma razão
Cemitério, velório, mais um finado, então
É minha vez, mano, o microfone é uma arma estilo oitão
Chega de droga, treta, vício, ilusão
Aí, maluco só a pena
Quatro palavras que se leva pra dentro de um caixão
Mas eu já tô empapuçado de ver os meus manos
Morto na mão da polícia ou talvez no crack
Ou talvez na mão de algum traficante
Mas pra mim ficar mais sossegado
Sobreviver pra mim
Aqui já é natural conhecimento
Respeito atitude moral e um daquele na mente
É o meu pra ficar legal
De repente na mão branca uma viatura na rua de quebrada
Eu já ganhei essa fita, levo comigo a cena,
Chego mais perto e vejo se tem algum problema
Infelizmente mais um perigo bolando ideia na Ipanema
Então, tô aqui, tô aqui, infelizmente eu vi
Mais um maluco esticado no chão, com um tiro na cabeça
E várias partes do corpo, eu olhei, reparei
E vi se era algum mano e felizmente nada me aconteceu
Com certeza não foi nenhum mano meu
Tudo certo aí, nossos manos aqui
É um sufoco a menos porque eu não aguento mais
De ouvir essas ideias, os comentários me deixa atacado
Já chega meus manos que se foram, que situação
Deus me livre, irmão
Salve, salve, todos meus manos que se foram
Tô envolvido na fita, agora você vai ver
Que eu não estou de embalo, levo a vida na rima
Existe com certeza mais uma morte ao limite
[Refrão]
Roleta russa, jogando no coco
Se não matou, deixou louco
Fiquei de cara com essas fitas, que já se foram
Roleta russa, jogando no coco
Se não matou, deixou louco
Fiquei de cara com essas fitas, que já se foram
Roleta russa, jogando no coco
Se não matou, deixou louco
Fiquei de cara com essas fitas, que já se foram
E já vieram outras (E já vieram outras)
Tiroteios, balas perdidas (balas perdias)
[Dina Di]
Quando uma bala atravessar a sua cabeça
Sem dó, é muita dívida, treta acumulada
De pó e perceber que está só
E os caras atrás do dinheiro
E quando a casa cair, aí cadê seus parceiros?
A gente acorda, mano, tarde demais
É ser pra si, e quando ver não dá pra voltar atrás, aí
O crime é sem futuro, ser malandro é caso sério,
É apodrecer atrás das grades ou descansar no cemitério
Em plena luz do dia, vi um clima de terror
Uma mãe desesperada, o filho pode ser o que for
Mas nessas horas, ela implora um carro e corre pro hospital
Não deixa ele morrer, hoje essa cena é natural
Mas aí, ela não sabe quanto mal o filho fez
Talvez nem imagina quantas mães ele já fez chorar
Será que ela imagina quanta dor, quanta agonia
Seu filho espalhava vivo na periferia
[?], minha quebrada, lugar que nasci
A realidade é bem pior, D-I-N-A Di
Pancada Fugitivo, Suspeito, ideia forte
Tá abalando demais, mano, o limite é a morte