Endereçado à Sociedade
Eduardo
Presente no(s) disco(s) A Fantástica Fábrica de Cadáver (2014).
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Letra da música Endereçado à Sociedade
[Verso 1]
Só aceito o veredicto do juiz pra minha gente
Se Deus em pessoa garantir seus antecedentes
Vai se foder com sua toga arrombado
Sou Eduardo, sei o que cê fez nos verões passados
Madame, não adianta comprar cartão de orfanato
Se tua omissão produz menor abandonado
Quem planta a fome não se livra da Uzi como karma
Pagando de santa puta, doando cesta básica
Também quero corrigir o Código Penal de 40
Estipular pro grã-fino egoísta uma sentença
Capítulo 1: disseminou a inanição
Capuz na cabeça e plou-plou no paredão
Vou mandar pro Vaticano um e-mail alarmista
Conheço 19 milhões de possessões demoníacas
Sem exorcismo vão ligar pra Secretaria de Segurança
Cobrando do policiamento ampliação da matança
Comunico que o vídeo com refém não é da Al-Qaeda
É outra produção independente da quebrada
Usam a cena do empresário da aviação que implora
Pra serem indenizados pela colonização predatória
Sou perigo porque sei que operação policial
Com saldo de 30 mortos é extermínio social
Sou perigo porque meus heróis combatiam a segregação
Enfrentando jato d’água e pastor alemão
[Refrão]
Mesmo com o juiz querendo minha carne enjaulada
Continuo expondo o sangue da guerra não declarada
Mesmo com a polícia me querendo na cova rasa
Continuo expondo o sangue da guerra não declarada
Mesmo com o playboy querendo minha mente alcoolizada
Continuo expondo o sangue da guerra não declarada
Mesmo com o político querendo minha voz silenciada
Continuo expondo o sangue da guerra não declarada
[Verso 2]
Quem segue a trilha da avareza no novo inferno de Dante
Tem que estocar prótese pros próximos implantes
Rezar pro bico seguir o Z4 num ato heroico
Pra não acabar desaparecido e ter velório simbólico
Se o fator financeiro não influencia
Por que na Finlândia não tem resgate em delegacia?
Quando o milagre econômico é de verdade
Mãe não tenta vender recém-nascido em maternidade
Quinhentos anos se passaram e ainda o invasor
Dá espelhos em troca dos nossos bens de valor
Por um salário estratégico compram sua saúde
Sua liberdade e de brinde levam a sua juventude
Por meio desta afirmo que o país dos belos gols
Só te deixa vencer etapas da escala de Glasgow
Meter o cortador a plasma no cofre da construtora
Em 20 anos devolvem sua coordenação motora
Faxina não é Blackwater do boy na classe E
É matar o bispo que vende cura falsa do HIV
É jogar do helicóptero a foto do marginal
Que faz nove em dez no gueto ter processo criminal
Se pedir igualdade fere a Lei de Segurança Nacional
Pode vir força tarefa e delegado geral
Permaneço contra quem nos faz render o motorista
Até que a carga seja entregue na rede varejista
[Refrão]
Mesmo com o juiz querendo minha carne enjaulada
Continuo expondo o sangue da guerra não declarada
Mesmo com a polícia me querendo na cova rasa
Continuo expondo o sangue da guerra não declarada
Mesmo com o playboy querendo minha mente alcoolizada
Continuo expondo o sangue da guerra não declarada
Mesmo com o político querendo minha voz silenciada
Continuo expondo o sangue da guerra não declarada
[Verso 3]
Se tiver outra encarnação quero voltar assassino
Pra montar abajur com pele de político
Vou fazer igual o Mac faz com rebanho bovino
Facão no pescoço com o condenado ainda vivo
Violento não é o rap, é a primeira-dama em ação
Roubando da merenda pra comprar ração
Tirou do aluno pra dar pro Lulu da Pomerânia
Devia engolir 100 sacos de Eukanuba grama por grama
No freak show não sou um Jim Jones moderno
Que conduz com mentiras seguidores pro inferno
Se não fosse a pressão internacional
Seríamos nós e não Beagles no instituto Royal
Sabe quando vamos ter ônibus espacial?
Quando idade ativa no morro não for pra maca de metal
Quando não vermos o terror no olho do esquartejado
Colocado pelo Steve descaracterizado
Boy me deixa feliz saber que o seu tumor
Seria curado pelo sabotado que cê fuzilou
Pra você desejo uma morte lenta e dolorosa
Sem efeito da anestesia intravenosa
Realmente não nos enquadramos na luta de classes
Relatada nas obras de Karl Marx
Luta significa agressão mútua
Não povo dizimado em silêncio por filhos da puta
[Refrão]
Mesmo com o juiz querendo minha carne enjaulada
Continuo expondo o sangue da guerra não declarada
Mesmo com a polícia me querendo na cova rasa
Continuo expondo o sangue da guerra não declarada
Mesmo com o playboy querendo minha mente alcoolizada
Continuo expondo o sangue da guerra não declarada
Mesmo com o político querendo minha voz silenciada
Continuo expondo o sangue da guerra não declarada