Estilo de Vida

[Dina Di]
Aquele que se deu mal é que sabe
Que o lado negro nada vezes nada lhe oferece
Esquece, perdi foi meu nome e algo na vida importante
Não sei se daqui pra frente vai ser como era antes
Um dos motivos que me fez fugir da realidade
Família desunida e um pai que só bebe feito louco
A mãe que não fica de fora, os meus irmãos revoltados
Tá aí o motivo e o resultado, cada um pra um lado
Infância fodida, perdida, sem paz em resumo
É o que leva a se tomar um rumo antes da hora
Tentar a sorte, sai cedo de casa e cai no mundão
Sem ter noção do que é a vida do lado de fora
A lei da rua é dura e fria e eu sou realista
Na lei do cão, a que se ferra, na certa se arrisca
Cara, eu prefiro conviver com o salário de fome
Do que viver foragida, perdida na mão dos homens
Um mano meu fez burrada e estava inconsciente
Com a mente iludida no craque que ataca, que mata
Que desacata a mente humana, o só vê miragem
Quem tá esperto tá de longe, é que leva a contagem
Sou Dina Di, a personagem central dessa história
Fala real, você não atura, ignora, eu lamento
Um cara esperto é 100% nas suas, nas suas
Não desconheça a verdade, não foge da realidade

[Refrão Instrumental]

[Dina Di]
Sendo que falo, sou da rua vivida, não levo uma com a sorte
Ando na boa, sem medo da morte, assumo o que faço
Parte de um povo iludido, pobre meu, desde a infância
Eu convivo com a violência nas ruas da ignorância
Periferia só, temido pela burguesia
Mas frequentado por manos, barra pesada, pedido na mira de tira
Que encara e manda no peito, sujeito loque
E meu, se pá, no local é suspeito (Não tem outro jeito)
Será que vale a pena ser uma mina de fato?
Respondo no ato que sim, meu irmão, é o que eu acho
Não quer dizer que eu sou loque, eu só vivo a realidade
Cuido da minha vida, não da sua, não na verdade
Eu tenho idade, sei que posso ser alguém se dá bem
Nessa parada que eu faço, mensagens que eu mesmo traço
Muto e discuto se for por meu espaço
E a razão não é em vão, esse é meu rumo, é o que eu faço
E a sua, surgia ao meu respeito um comentário idiota
Cara, eu sou branco e tenho bronca de ouvir lorota
E nem é à toa que na boa eu ando na moral
Sou consciente, meu valor não tá na cor, tá na mente
Sou Dina Di, a personagem central dessa história
Falar real, meu, pra você que está começando agora
É do lado errado e não é interado o suficiente
Não o bastante pra encarar a realidade de frente

[Refrão Instrumental]

[Dina Di]
Por onde eu passo, eu faço amigo
Certeza, eu não tenho se é de fé
De leve o tempo revela quem quer meu bem ou não
E a decepção é bem maior quando o suspeito é meu próprio aliado
Quem você menos espera é o culpado
Que disfarçado de gente só pela frente, por trás um mau elemento
Considerado por mim que nunca estive atenta
Experiência de vida, uma lição que não sai da mente
Levei sem razão tantas rasteiras por trás
Sou Dina Di, a personagem central dessa história
Que eu não venci mas aprendi como vencer e agora
Se depender de mim, eu luto até o fim, tento a sorte
Do lado certo bem distante da mira da morte
(Da mira da morte)