Irmã de Cela (Versão Longa)
Visão de Rua
Presente no(s) disco(s) Periferia é o Alvo (1997).
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Letra da música Irmã de Cela (Versão Longa)
[Intro]
Eu vou invadir sua mente
Que nessa altura está confusa, fraca e inconsciente
Irmã de cela
Baseada na realidade do nosso sistema carcerário
Podre e digno de pena
[Verso 1]
Esse é um fato ocorrido, esclarecido, é flagrante
Considerada culpada no ato, dada a sentença
Seu desengano: seis anos
Por tráfico de entorpecentes
Não teme pela sua vida, não tem família ou parentes
Independente na idade, pelas ideias de vida
Um sonho de liberdade, uma identidade fodida
[?] em cana
Se cair na cela com reincidente
A desvantagem ela sente na pele, o fato é recente
Uma aliada inteirada, no início, foi sua sorte
Hoje na ilha de cobra vive e convive com a morte
Mais uma realidade que, na real, só revela
Mais uma história sem glória e sem paz
Irmã de cela
Esse é o preço que eu pago por um passado mal vivido
Cheio de armas e drogas, mortes e amores confundidos
Eu sei que nada valeu e nesses anos de engano
Eu só dei desgosto aos meus pais, decepção aos meus manos
Me diga o pai que é feliz quando tem a infelicidade
De ter a filha, meu, sendo algemada por policiais
Jogada na cela do medo e da impunidade
Da penitenciária e talvez de lá não sai nunca mais
Paz diante da desvantagem
Vejo no espelho o desgosto, as marcas da pilantragem
É inevitável esquecer, é o que se lembra pra sempre
Uma tatuagem marcada na base de ferro quente
Estou cara a cara com cobra criada e pra não ser devorada
Vou dar uma de bicho solto ou a treta vai ser pesada
Eu já nem sei mais como lidar com esta situação
A condicional por um fio, minha mente está perturbada
A uma mulher dependente, no crime já experiente
A quem devo fé e gratidão
Por tantas e tantas vezes na prisão
Por consideração por mim, fez tão pouco por ela
Minha aliada, ãhm, minha irmã de cela
[Refrão]
Em uma cela vazia e fria, revela parte de seus dias
Minha irmã de cela
Em uma cela vazia e fria, revela parte de seus dias
Minha irmã de cela
Parte de seus dias
[Verso 2]
Eu digo a realidade, mas você não se define
Se a sua mente é confusa, você é uma intrusa no crime
Que rouba os próprios amigos, se envolve em tretas e drogas
Matou sua mãe de desgosto, se entregou as bebidas
Enquanto você fracassa e assina o seu passaporte
Pra uma viagem sem volta, embarca sentido a morte
É a pedra que te corrói, é o pó que te faz perder a noção
Seu sono é profundo aqui fora, só vai despertar na prisão
No banho de sol acerto de conta de mina drogada
Que sente na pele, a rotina ficou de lado
O pátio lotado de extrema loucura e um baseado
Acalma minha mente
Meus nervos que estão gravemente abalados
O crime é pesado, eu já tô ciente
O meu sofrimento é interno
E desse inferno eu sou sobrevivente
Na realidade, após muitos anos de dor e agonia
Não vou negar, meu, que um dia
Na cela o clima já foi diferente
A uma mulher dependente, no crime já experiente
A quem devo fé e gratidão
Por tantas e tantas vezes na prisão
Por consideração por mim, fez tão pouco por ela
Minha aliada, minha irmã de cela
[Refrão]
Em uma cela vazia e fria, revela parte de seus dias
Minha irmã de cela
Em uma cela vazia e fria, revela parte de seus dias
Minha irmã de cela
Em uma cela vazia e fria, revela parte de seus dias
Minha irmã de cela
Em uma cela vazia e fria, revela parte de seus dias
Minha irmã de cela
Parte de seus dias