Rap Du Bom Parte II
Rappin Hood
- Participação de Caetano Veloso
Presente no(s) disco(s) Sujeito Homem 2 (2005).
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Letra da música Rap Du Bom Parte II
[Refrão: Caetano Veloso]
Deixa eu dançar pro meu corpo ficar odara
Minha cara, minha cuca ficar odara
Deixa eu cantar que é pro mundo ficar odara
Pra ficar tudo jóia rara
Qualquer coisa que se sonhara
Canto e danço que dará
[Verso 1: Rappin’ Hood]
Quem é sangue bom, se liga no som
Aumenta o volume que é Rap du bom
Vai acertando o grave, o médio, o agudo
Rap nacional esse é meu mundo
Bem melhor se fosse como eu falo
Em 11 de setembro nenhum prédio abalado
Mundo sem guerra, muita paz na terra
Diferentes convivendo numa igual atmosfera
Sem preconceito, sem botar defeito
Pois todos tem direitos, Cada qual com o seu jeito
Eu vou rimando jão, cantaneando o som
Que é pra dizer pro mundo inteiro que somos irmão
Preto ou branco então, é essa a questão
Alguns do bem ou mal, o herói e o vilão
Pudera eu poder voar como um passarinho
Poder voltar no tempo que eu era um menino
Que sem maldade, não percebi a intenção
De quem achava que o neguinho ia virar ladrão
Saiba você que eu encontrei uma melhor saída
No Hip-Hop conheci o meu estilo de vida
Que não é pop, não faz pose, não faz cara de mal
Mas não da boi, pra mauricinho intelectual
Que não gosta de preto, que não fala com pobre
De nariz empinado, que é todo esnobe
A dura realidade agora é que dá o tom
Então aumenta o volume que é Rap du bom
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Chegarão homens, mulheres, crianças
Pra criação do novo mundo, uma nova esperança
Sem vingança, sem luxúria, sem dinheiro
A profissão era pra todos os guerreiros
Todos parceiros batalhando em comunhão
Onde ninguém se preocupava com a divisão
Que todo povo era feliz, não havia tristeza
Éramos todos filhos de uma tal mãe natureza
Mas que beleza, se vida fosse mesmo assim
Quadro perfeito pintado especialmente pra mim
Felicidade, dignidade, amizade
Mas que saudade do meu parceiro Sabotage
Meu compromisso eu continuo a honrar
Pra sempre aquele neguinho da Vila Arapuá
Eu quero paz, quero amor, quero muito mais
Quero provar pro mundo que não somos marginais
Que nosso canto é verdadeiro e vem do coração
Não é somente um produto de consumação
Pois o sucesso e o dinheiro não vão valer nada
Se eu não poder estar sempre junto da rapaziada
Que a miliano faz do Rap a voz da periferia
De quem ta na correria, que luta noite e dia
Deixa eu canta, que é pros males espanta
Deixa eu dança, mano Caetano vai tocar
Na voz, no violão uma bela canção
Então aumenta o volume que é Rap du bom
[Refrão]
[Verso 3]
Se o mundo inteiro pudesse me ouvir
Eu mandaria um papo reto para todo o povo refletir
Que é pra mudar, a mente revolucionar
Pra melhorar a sua forma de pensar
Deixa pra lá racismo e discriminação
Se liga irmão por mais saúde e educação
Já demorou agora é a hora e a vez
Pra concertar, o que o ser humano fez
É só lembrar das guerras que o homem travou
Quantos morreram então me diga quem ganhou
Aqui nas ruas o mesmo ciclo se repete
É só deixar arma nas mãos de um moleque
Que um dia cresce, vira um psicopata
Um animal, por qualquer coisa ele mata
Infelizmente mais um filho da miséria
Que não representa todo povo da favela
Quantos talentos perdidos já vi na periferia
Ser mais um bem sucedido me diga quem não queria
O povo é sofrido, mas ta na maior batalha
Qualquer tipo de trampo traz o sustento pra casa
Os guerreiros eu quero ver com mais tranqüilidade
Para as irmãs desejo paz e mais fertilidade
Há algo fora da ordem na luta pelo progresso
Paciência irmão é tudo que eu te peço
Nem tudo esta perdido, calma é a solução
Aumenta o volume que é Rap bu bom
[Refrão]